Óleo de prímula: para que serve e como usar

Óleo de prímula: para que serve e como usar

 

A primula ou onagra é uma planta herbácea perene, também conhecida como prímula ou primavera. Ela pertence à família Primulaceae e é nativa da região do hemisfério norte, incluindo Europa, Ásia e América do Norte. A primula é conhecida por suas flores vistosas e coloridas, que aparecem no início da primavera, geralmente em tons de rosa, roxo, amarelo ou branco. Existem várias espécies de primula, algumas das quais são amplamente cultivadas como plantas ornamentais em jardins e vasos, enquanto outras são usadas na medicina tradicional para tratar diversos problemas de saúde.

Óleo de Prímula - Mundo dos Óleos


Para que serve?

A primula tem vários usos e benefícios. Algumas das suas principais utilizações são:

- Ornamental: A primula é amplamente utilizada como planta ornamental, seja em jardins ou em vasos, devido às suas flores coloridas e vistosas. Ela é uma ótima opção para dar vida e cor ao ambiente, especialmente na primavera.

- Medicinal: A primula tem sido utilizada na medicina tradicional para tratar uma variedade de problemas de saúde, como tosse, asma, bronquite, distúrbios digestivos, dor de cabeça e artrite. Acredita-se que a planta contenha compostos com propriedades anti-inflamatórias e antiespasmódicas, o que pode ajudar a aliviar esses sintomas.

- Cosmética: A primula também é usada na indústria cosmética para a produção de cremes, loções e outros produtos de cuidados pessoais, devido às suas propriedades hidratantes e suavizantes.

- Alimentar: Algumas espécies de primula são comestíveis e podem ser usadas em saladas, chás ou como ingrediente na culinária.

Calorão e Sintomas da TPM

O óleo de prímula ou onagra pode ajudar a aliviar os sintomas da TPM (síndrome pré-menstrual). O óleo de prímula contém ácido gamalinolênico (GLA), que é um tipo de ácido graxo ômega-6 que tem propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a regular o sistema hormonal feminino reduzindo a frequência e a intensidade das ondas de calor. Estudos clínicos sugerem que a suplementação com óleo de prímula pode reduzir a intensidade e frequência dos sintomas da TPM, incluindo dores de cabeça, dor nas mamas, inchaço, irritabilidade, ansiedade e depressão.

Tratamentos da pressão alta e Mulheres grávidas

Não há evidências científicas conclusivas que indiquem que o óleo de prímula possa ajudar no tratamento da pressão alta. Mas, há evidências limitadas que sugerem que o óleo de prímula pode ajudar a reduzir a pressão arterial em mulheres com pré-eclâmpsia, uma complicação séria da gravidez caracterizada por pressão arterial elevada e proteína na urina. No entanto, isso não significa necessariamente que o óleo de prímula possa ser eficaz no tratamento da hipertensão arterial em geral, uma vez que a pré-eclâmpsia é uma condição específica que afeta apenas mulheres grávidas.

Prevenção de doenças cardiovasculares e trombose

Há evidências preliminares que sugerem que o óleo de prímula pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, devido a ação antiagregante, ele pode auxiliar na prevenção da trombose e em outros problemas cardiovasculares, como infarto.

Alguns estudos clínicos sugerem que a suplementação com óleo de prímula pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como aterosclerose, hipertensão arterial e doença arterial coronariana. 

 

Pele e Cabelo

Devido ao ácido gamalinolênico (GLA) presente no óleo de prímula, o mesmo ajuda a melhorar a saúde da pele, aumentando a elasticidade, hidratação e reduzindo a inflamação.

Alguns estudos também apontam que a suplementação com óleo de prímula pode ajudar a reduzir a queda de cabelo em pessoas que sofrem de calvície androgenética. Isso ocorre porque o GLA pode ajudar a equilibrar os hormônios que causam a perda de cabelo.

Artrite Reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune que afeta as articulações e pode causar dor, inchaço e rigidez.

O ácido gamalinolênico (GLA) presente no óleo de prímula pode ajudar a reduzir a inflamação associada à artrite reumatoide, além de melhorar a rigidez articular e a mobilidade das articulações. Um estudo clínico de 2016, publicado no Journal of Rheumatology, mostrou que a suplementação com óleo de prímula por 6 meses reduziu significativamente a atividade inflamatória em pacientes com artrite reumatoide.

Como usar o óleo de Prímula?

O óleo de prímula pode ser encontrado em cápsulas ou em forma líquida. A forma líquida pode ser aplicada diretamente na pele para tratar problemas de pele, enquanto as cápsulas são usadas como suplemento alimentar.

As cápsulas de óleo de prímula geralmente contêm doses que variam de 500 a 1000 mg, e a dosagem pode variar dependendo da condição de saúde e da recomendação do profissional de saúde. É importante seguir as instruções do rótulo ou a orientação do profissional de saúde quanto à dosagem e a forma de uso.

Para tratar problemas de pele, pode-se aplicar o óleo de prímula diretamente na pele, fazendo uma massagem suave na área afetada. O óleo de prímula também pode ser adicionado a cremes hidratantes ou loções para melhorar a hidratação da pele.

 

Possíveis efeitos colaterais e quem não deve usar?

O óleo de prímula é considerado seguro para a maioria das pessoas quando tomado em doses recomendadas. No entanto, em algumas pessoas, o uso do óleo de prímula pode causar efeitos colaterais leves, como dor de cabeça, náusea, dor abdominal, diarreia e erupções cutâneas.

Em doses elevadas, o óleo de prímula pode aumentar o risco de sangramento, especialmente em pessoas que tomam medicamentos anticoagulantes ou que possuem distúrbios hemorrágicos. Por isso, é importante evitar o uso de óleo de prímula em conjunto com esses medicamentos ou consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação.

Além disso, o óleo de prímula pode interagir com outros medicamentos, incluindo antidepressivos, medicamentos para epilepsia e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Por isso, é importante sempre consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação com óleo de prímula ou qualquer outro suplemento alimentar.

Mulheres grávidas ou lactantes também devem evitar o uso de óleo de prímula sem a orientação de um profissional de saúde, pois não há evidências suficientes para determinar a segurança do óleo de prímula nessas situações.

 

Fonte:

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