Resumo: O alho tem apresentado evidências científicas de que o seu óleo essencial é capaz de inibir o crescimento de microrganismos e tem sido usado em todo o mundo para combater infecções e contaminações microbianas, podendo ser usado o suco puro, extrato aquoso, extrato etanólico e pó seco de alho, em várias concentrações.
O alho (Allium sativum) é uma planta rica em carboidratos, proteínas e com alto teor de substâncias à base de enxofre. Um dos mais antigos conhecidos vegetais e amplamente utilizado como condimento alimentar. Por milhares de anos, o alho tem sido usado como planta medicinal para uma variedade de doenças respiratórias, diabetes, asma, reumatismo, dor de cabeça, picadas, vermes intestinais e tumores. Pesquisas farmacológicas confirmam o potencial dessa substância, relatando suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, anticarcinogênicas, antimutagênicos, hipocolesterolêmica, hipolipidêmica, anti-hipertensiva, atividades antitrombótica, imunomoduladora, prebiótica, antibacterianas e antifúngicas. Os óleos essenciais de plantas aromáticas ganham considerável interesse, pois contêm compostos com propriedades antimicrobianas capazes de inibir e controlar o crescimento de patógenos fúngicos e bolores produtores de toxinas. Agentes antifúngicos de origem vegetal, estão ganhando espaço devido aos seus métodos defácil desenvolvimento, menores efeitos colaterais e metabólitos menos complexos produzidos por eles, sendo o alho uma alternativa de grande potencial. O objetivo do presente trabalho é descrever as propriedades antifúngicas do óleo essencial de alho (A.sativum). Para tanto,foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados acadêmicas (Periódicos Capes, Scielo e Google Acadêmico), por meio dos descritores: alho, Allium sativum, antimicrobiano e antifúngico.
O alho é da família Liliaceae, é um bulbo subterrâne o que tem apresentado evidências científicas de que o seu óleo essencial é capaz de inibir o crescimento de microrganismos e tem sido usado em todo o mundo para combater infecções e contaminações microbianas sendo usado o suco puro, extrato aquoso, extrato etanólico e pó seco de alho, em várias concentrações. O alho contém uma classe única de compostos organossulfurados denominado alicina, com comprovados efeitos terapêuticos contra infecções fúngicas. Análises anteriores de óleos voláteis de alho revelaram a presença de sulfeto de dialila, dissulfeto de dialila, dialiltrissulfeto e 2-vinil-4H-1,3-ditiína, entre outros. Esses compostos são obtidos quando o alho é processado em altas temperaturas e pressões. A alicina é o principal composto bioativo no extrato de alho, óleo essencial,ou alho cru,que é altamente reativo e com excelente permeabilidade da membrana celular. A Alicina tem mostrado atividade antifúngica contra isolados clínicos (Candida albicanse Aspergillusfumigatus) e fitopatógenos (Botrytiscinerea), bem como contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. O conteúdo destes componentes valiosos depende no genótipo específico da planta e de fatores ambientais. Os óleos essenciais do alho podem penetrar na membrana plasmática devido às suas características lipofílicas. A sativum e alguns de seus derivados, destroem a integridade da membrana da célula fúngica, inibem o crescimento e produzem estresse oxidativo. A maioria destas habilidades está relacionada à um potencial de modificação, porque a ligação de dissulfeto ativa dada alicina afeta compostos contendo tiol, como algumas proteínas; entretanto, os principais alvos da alicina em alguns fungos não são bem conhecidos. Sendo assim, conclui-se que o alho, além de proporcionar os benefícios para a saúde, tem se tornado uma excelente alternativa para combater fungos na agricultura, sendo utilizado em dosagens e maneiras alternadas. Enfatiza-se, principalmente, o óleo essencial, por possuir compostos organossulfurados que inibem o crescimento fúngico.
Fonte: https://www.unifimes.edu.br/ojs/index.php/anais-semana-universitaria/article/view/1910
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Quanto é o vidro Óleo Essencial Alho?